sexta-feira, 1 de novembro de 2013

sobre academias ...

A primeira grande preocupação a que sempre me leva a reflexão é de que: Primeiro a falta absoluta de uma bibliografia que realmente elucide a questão cigana no Brasil e quiçá no mundo. Os que escrevem são sempre gajon que partem de uma problemática micro e sabemos que entender toda complexidade dos povos ciganos requer muito mais que um simples olhar e apenas uma questão emblemática. Segundo é um desastre: levar a estudos orientações por vezes pessoais de alguns orientadores, que na maioria das vezes desconhecem o tema. É importante que o orientando tenha personalidade suficiente para impor sua pesquisa e acima de tudo QUE ELE TENHA INTIMIDADE COM o que se propôs a desenvolver. Do contrario será a perspectiva do outro que irá se manifestar em todo o seu trabalho, levando ao que já sabemos: erros grotescos. E por fim que tenha as pessoas a consciência de que não é somente ler os que nos antecederam (e graças a Duvel eles existiram) abrindo o véu do desconhecimento em relação à população cigana: é necessário acima de tudo ter essa ligação com as populações ciganas que estão inseridas no universo de quem se propõe. Porque a cada espaço temporal territorial esses laços mudam por vários e vários fatores. E que fique esse trabalho que será desenvolvido não isolado nos muros acadêmicos, mas que eles saltem desses muros para transformar e contribuir a realidade dessas populações que na maioria das vezes vivem um isolamento social e econômico. O que se escreve não é para a posteridade: é para a transformação do presente: somente dessa forma transformando o presente se manterá invicto para as gerações futuras. Do contrario fica o mote das pesquisas que para nada servem: “a importância do galho seco na atividade lúdica do macaco"

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